O governo brasileiro está reconsiderando a reintrodução do horário de verão em 2024, após cinco anos desde sua suspensão em 2019. Essa medida visa aproveitar melhor a luz natural durante o verão, deslocando o horário oficial em uma hora à frente, especialmente para reduzir o consumo de energia elétrica
Motivações para o Retorno
A principal justificativa para a volta do horário de verão é a crise energética enfrentada no Brasil em função da seca severa e do aumento do consumo de energia em períodos de calor intenso. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida pode ajudar a aliviar a demanda no sistema elétrico, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, onde o consumo é mais elevado. Estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que o horário de verão pode ser uma estratégia útil para evitar sobrecargas e garantir a estabilidade energética.
Além disso, setores como o de turismo, bares e restaurantes defendem o retorno da medida, uma vez que ela prolonga as atividades comerciais e pode gerar lucro em até 15% durante o período de vigência.
Desafios e Resistências
Apesar dos possíveis benefícios, há resistência à reimplementação do horário de verão em 2024. Empresas aéreas e parte da indústria manifestaram preocupação, especialmente porque uma mudança repentina pode afetar passagens e contratos já firmados. A agropecuária é outro setor afetado, já que o deslocamento no horário pode interferir na rotina dos animais, especialmente em fazendas que dependem de processos rigorosos de alimentação e ordem.
Estudos de avisos também apontaram que a economia de energia proporcionada pela mudança era mínima e, em alguns casos, as dificuldades de adaptação da população, como distúrbios do sono, eram consideradas negativas. O impacto no ciclo biológico devido à menor produção de melatonina é um argumento comum contra a medida.
Expectativas para 2024
O governo federal ainda não oficializou a volta do horário de verão para 2024. A decisão será anunciada em 16 de outubro de 2024 e poderá levar em conta o período chuvoso e a necessidade real de economia de energia nos próximos meses. Se a medida for aprovada, poderá vigorar a partir de 3 de novembro de 2024, seguindo os moldes anteriores, e se estenderá até 16 de fevereiro de 2025.
Portanto, enquanto a discussão ainda está em aberto, os brasileiros aguardam a decisão final do governo para se prepararem para as possíveis mudanças na rotina e nos serviços públicos e privados.
Fontes: Exame, iG e O Povo.